Cientista politico - Bem recomendado?

SEMPRE TENHO que contestar alguns sábios “cientistas políticos”, visto que até parece que fazem comentários sob encomenda. Agora pouco leio no jornal O Globo, um comentário desfazendo tudo que se conquistou no pais de Lula, dizendo que Chaves foi melhor nisso ou naquilo, que Alan Garcia, no Peru, cresceu 9% na sua economia. Pergunto: 9% em cima de quanto? Fácil falar já que sobre quanto que está obscuro e nem eu nem nenhum outro leitor irá se preocupar, nesse momento, em ver como encontrar esse obscuro principal, para se fazer o calculo de regra de percentagem. A ainda mais: ele escreve sabendo de que o leitor não vai mais se lembrar de procurar, mas fica no subconsciente de que no Peru cresceu 9%, taxa essa nunca alcançada pelo atual governo brasileiro. Também fala de um tal comedimento entre nós e o Chile. Mas que comedimento? Deixou para o nosso raciocínio. Mas poderia falar que o Chile de há muitos anos sempre tem sido melhor que nós em muitos fatores, os quais, como esse “cientista político” faz, também tenho o direito de deixar “no ar”, para quem ler se que preocupe ou não em saber. Se é que já não sabe! Quem não sabe que há quase duas décadas que China e Índia já estavam crescendo em taxas muito altas, deixando para trás muitos países desenvolvidos ou em desenvolvimento. A abertura de mercado para a China, principalmente, lhe deu oportunidade de crescer em números assustadores, havendo muita preocupação até mesmo dos EUA, devido ao fortalecimento do governo fechado de Pequim. Sem desejar mudar de assunto, os EUA pouco ousa contrariar os chineses, principalmente como faz com alguns países asiáticos. Esse “cientista político” finalmente fala de algumas conquistas, como a redução da concentração de renda, porém de imediato coloca uma objeção, falando de aumento da pobreza. Estranho, pois se houve se tivemos maior distribuição de renda, como ser “ameaçado” pelo aumento da pobreza? Ela existe sim, mas tivemos redução nesse item. Fala de que na política externa tivemos resultados louváveis, “embora com resultados contraditórios”. Pergunto: tivemos ou não bons resultados na política externa? Fala de que a redução de juros e a aceleração do crescimento vieram tarde, quando se poderia ter sido executadas quando o mundo estava em ritmo muito bom. (Não diz que no governo tucano era de 26%).Talvez, mas quem caiu primeiro está sendo quem muito cresceu, tirando-se os emergentes que estão com economias mais sólidas. Até penso que os juros realmente foram e ainda são um dos maiores empecilhos para o desenvolvimento de qualquer nação. Mas tem países que baixaram os juros até mesmo que zero e ainda estão cada dia piores.

Voltando ao ponto onde diz que o PSDB quando governo deixou bons fundamentos para a economia brasileira, então esses foram bem executados por seu partidário, o Ministro Meirelles, que achava de que, "consumir como o povo estava consumindo gerava inflação". Imagina se num supermercado entrar muita gente para comprar, o dono ter que impedir que comprem muito, pois gerará inflação. Estranho, não? Então deve ter sido dessa forma que tudo cresceu nada ou pouca coisa no governo de FHC, pois "o povo não podia " consumir". Povo não consumindo, indústria paralisada. Ou não?

Como imaginava de que seria uma encomenda, faz uma justificativa de que FHC, dizendo que a crise daquele tempo foi menor, porém deixou que os tucanos lançaram os fundamentos atuais da economia brasileira, e "quando estiveram no Palácio do Planalto" não gozaram de um ambiente internacional tão favorável como o governo Lula está tendo de 2003 a 2008. Vai mais além dizendo que se abriram janelas auspiciosas não aproveitadas.

Finaliza dizendo que a crise não será para sempre e que as velhas ideologias fazem hoje menos sentido (concordo). O final confirma que foi a minha desconfiança diz:

"EM 2010 a esperança poderá renascer em torno de uma liderança à altura do desafio de tornar o Brasil uma democracia desenvolvida". (também desejo isso, mas é uma velha frase de conservadores que governaram por muitos anos).

Pedro Bueno- (metido a besta) O que penso. Apenas eu penso!