PEDÁGIOS EM SÃO PAULO

IstoÉ

"Uma paranóia de Dunga contaminou os jogadores brasileiros na última semana: a imprensa persegue os craques. A ponto de Cafu revelar: 'Antes do jogo contra o Chile, treinamos cobranças de pênaltis para os jornalistas verem. Senão, seríamos massacrados', disse o lateral. Até Zagallo resolveu provar suas convicções de maneira arriscada. 'Cobravam uma formação ofensiva e fiz isso contra a Noruega. Não deu certo. Eu estava com a razão', disse o treinador, que adora mandar mensagens cifradas nas entrevistas para seus desafetos. A convivência diária desgastou o casamento inicial. Alguns repórteres insistem em perguntar mesmices, outros adoram fuxicos e os que tentam respostas elaboradas se frustram e descontam nos teclados.

A desconfiança em relação aos 200 jornalistas que diariamente se bolinam de forma selvagem nas grades do campo de Ozoir quase virou guerra. Em Bilbao, no dia 30 de maio, vazou para a imprensa um bate-boca entre Edmundo e Leonardo. Perguntas sobre tática deram lugar a questões sobre a união do grupo. O vespeiro zumbia até que Dunga explodiu: 'Muita gente da imprensa não é profissional. Vocês pensam que somos burros por causa da origem humilde.' Taffarel perdeu as estribeiras. 'Taffa, sobre a reunião que vocês tiveram...', perguntou um repórter. 'Que reunião? A imprensa está jogando contra. Temos que nos unir. Será que vamos ter que parar de falar com vocês?', ameaçou o goleirão. Mas nada como quatro gols para as rusgas serem superadas. Após o jogo contra o Chile, o assessor de imprensa Nelson Borges anunciou um treino, na segunda-feira 29, aberto apenas para a imprensa brasileira. 'Será uma oportunidade de confraternização entre nossos jornalistas e os jogadores', disse Borges, emocionado, ao final de um dia consagrado com tapinhas nas costas, sorrisos e elogios. Como Taffarel sonhou."

"Imprensa X Seleção, um caso de amor maldito", copyright Editora Três, 1/7/98.

(Ver remissão abaixo para Jornais cobrem jogos de olho na T

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Coitado do Dunga...

Sem Brasil, comerciais da Copa caem pela metade

07/07/2010

Eu : Penso isso é que levou a midia meter o pau no Dunga. Queriam mesmo que tudo fosse liberado, como em copas anteriores. Que os privilégios continuassem como sempre. Afinal poucos estavam interessados no resultado positivo em si a não ser pelo capital perdido. A midia investiu alto e quanto mais a seleção fosse adiante $$$ seriam maior. O resto não importava muito, havia mesmo o sentido do ganho financeiro nada mais.

Bastou a seleção ser eliminada da Copa, para a enxurrada de propagandas sobre o mundial sumir da TV. Segundo levantamento da Controle da Concorrência, empresa que monitora inserções comerciais para o mercado, as campanhas sobre a Copa caíram 48,4% três dias após o Brasil perder da Holanda.

Do dia 25 ao dia 28 de junho, a TV exibiu 275 ações ligadas à a Copa. Do dia 2 (data da eliminação do Brasil) ao dia 5 de julho, esse número caiu para 142 ações. O levantamento mostra que houve marcas como a Volkswagen que praticamente tiraram suas campanhas do ar após a derrota da seleção. No período, apenas Brahma e Coca-Cola tiveram ações falando sobre a eliminação.

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Gostei Tostão, mas Dunga tem suas razões

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E agora José. O homem é ficha limpa?

Por palanque no DF, PSDB de Serra ‘fecha’ com Roriz

Marcello Casal/ABr/Arquivo

No Brasil dos últimos anos, a coerência política tornou-se coisa remota e inencontrável. Sumiu de cena.

Velha e rejeitada, enlouqueceu. Recolhida a um hospício desconhecido, a coerência faz tricô com as linhas da contradição.

Nesta segunda (5), o PSDB renovou o estoque de novelos que mantém a envelhecida senhora ocupada.

Depois de anunciar a conversão de Índio ‘Ficha Limpa’ da Costa em vice de José Serra, o tucanato aliou-se em Brasília a Joaquim ‘Prontuário Sujo’ Roriz.

Roriz (PSC) disputará o governo do DF ao lado de dois candidatos ao Senado: Maria de Lourdes Abadia (PSDB) e Alberto Fraga (DEM).

A trinca oferecerá palanque na Capital da República a Serra. A chapa será registrada ainda nesta segunda.

De antemão, o procurador eleitoral do DF, Renato Brill de Góes, avisa: vai à Justiça para impugnar a candidatura de Roriz.

Pretende enquadrá-lo na recém-nascida lei da Ficha Limpa, da qual o vice de Serra foi um dos relatores na Câmara.

Reza a lei que políticos que renunciam ao mandato para fugir à cassação ficam inelegíveis por oito anos.

Eleito senador em 2006, Roriz renunciou em 2007. Os advogados do candidato já preparam o recurso.

Alegarão que, para os casos de renúncia, a Ficha Limpa só vale para o futuro. Não seria retroativa.

Ao firmar com Roriz uma coligação com ares de aliança partidária com fins lucrativos, o PSDB aproxima Serra de uma encrenca que o candidato prometia conjurar.

Hoje rompido com o ex-tucano e ex-demo José Roberto Arruda, Roriz traz enganchado à biografia o título de mentor político do ex-presidiário.

Autor da cinemateca que fez do “panetonegate” o mais bem documentado escândalo político da história, Durval Barbosa também é cria de Roriz.

Em depoimento à Procuradoria e à PF, Durval disse que o panetone brasiliense foi ao forno sob Roriz. Arruda apenas aumentou as fornada$.

Como se fosse pouco, Roriz é réu em duas ações movidas pelo Ministério Público. Em ambas, é acusado de improbidade administrativa.

Numa, tenta-se condenar Roriz a devolver R$ 13 milhões às arcas do DF. Se condenado, ficará inelegível até 2018.

Noutra, o candidato já arrosta uma condenação de primeira instância. Verificou-se que voou em helicóptero custeado pelo governo quando era ex-governador.

Como se trata de sentença monocrática, expedida por um juiz solitário, a decisão ainda não imprimiu na ficha de Roriz uma nova nódoa.

A lei do Ficha Limpa exige sentenças de segunda instância, decisões de colegiadas.

Deve-se a costura da aliança brasiliense ao presidente do PSDB local, Márcio Machado.

Vem a ser ex-secretário do governo Arruda. Deixou o governo depois que se verificou que estava envolvido na coleta de panetones.

"Esse acordo é do interesse da candidatura do Serra, esse foi o ponto de definição para se chegar ao acordo”, disse o tucano Machado.

“Houve um pedido da Executiva Nacional, que quer um palanque forte para o Serra aqui no DF".

Como se vê, o PSDB parece decidido a converter as eleições de outubro numa loteria sem prêmio no final.

E a democracia, num político que saiu pelo ladrão. E o eleitor num cidadão escalado para optar entre o lamentável e o impensável.

Fica-se com a impressão de que os operadores de Serra, por pragmáticos, trazem os pés no chão. E as mãos também.

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Escrito por Josias de Souza às 18h47

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