PARA QUEM MORALES É SÓ EVO.
Mais uma eleição será realizada hoje, domingo, dia seis de dezembro, num país da America Latina. Será na Bolívia, um dos mais pobres países da região.
Mas qual a importância disso tudo?Claro que é importante, pois “mais um dos que sempre foram rejeitados” VINDOS da pobreza e da grande miséria indígena existente no país.
Tem outro significado: Evo Morales, o Evo, está como o preferido de mais de 60% não como na antiga política, mas no novo que há cinco anos surgiu como esperança a e agora pode ser reeleito. Claro, então, que há um grande significado.
Algumas críticas aqui pelo Brasil foram e ainda são feitas ao estilo “Evo” de governar. Como não acompanhei muito de perto, então não comento a não ser o caso Petrobrás.
A aliança Morales e Chávez “o terror”, é outra história muito contada e decantada por nossa mídia. Apenas tem uma coisa: Evo se apoiou em quem lhe deu apoio. Ligação com Fidel Castro? Somente se for por sentimentalismo, pois já um regime em fase final.
Mas Evo está prestes a se reeleger e há razões fortes para isso e seu povo nem o chamam de Presidente, mas sim “meu pai”. Li num jornalão do Rio o caso de uma senhora que fala a respeito e cheia de alegria conseguir sua casa. Há, ainda no local, falta de estrutura para completar, mas ela eleva o tom e diz: ”mas essa casa é minha, outros governos nada fizeram, mas este sim”. Palavras até muito em voga até mesmo no Brasil da oposição: mas isso era projeto de governos anteriores.
O fato é que Morales criou na economia de modo que houvesse transferência de renda e os planos que beneficia milhares de bolivianos de baixa renda e ainda mais, a dívida externa hoje está reduzida em 50% de quando iniciou seu governo. Há outro plano de ajuda financeira que atende até agora três milhões de pessoas com diversos valores. É uma ajuda anual. “Alegam que foi copiado de governos passados”. É sempre assim, planejaram, mas por se tratar dos mais humildes, eram deixados em segundo plano. Para a grande maioria isso é o inicio da transformação.
Há outros planos para ajudar a população carente, como que foi de executar quase meio milhão com cirurgias de olhos e de graça. Outro foi à alfabetização de quase um milhão de bolivianos e com isso supõe-se que termina o analfabetismo no país. (*).
Voltando a economia, o governo também conseguiu acumular grande soma de reservas que ultrapassam cinco vezes mais da inicial. Repetindo, também a dívida externa teve uma redução em 50%.
Há, ainda, conflitos enormes ente a elite que sempre esteve no governo e agora, como antes, nunca aceitou Morales no governo, talvez pela sua origem e pelo apoio que tem dos mais necessitados, mas o que possa ocorrer é a economia continuar melhorando e espera-se que haja uma aproximação de igualdade e mais justiça social e que a elite boliviana um dia possa entender de que dividindo o bolo a paz passe reinar entre todos.
Na política externa é muito conflitante e não poderia ser diferente desde que Morales ganhou o primeiro pleito. Há, por parte de muitos analistas, de que é um assunto que vai levar algum tempo a mais, mas no final haverá entendimento e os laços de amizades entre nações se solidificarão para o bem de todos, principalmente para a Bolívia.
Mas para a maioria do povo boliviano o pensamento é idêntico ao da senhora que conseguiu sua casa: “a água vai chegar, mas as coisas hoje estão melhores.”
Pedro Bueno
6/12/2009.
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