Argentina não pagará Clube de Paris nem pedirá ajuda ao FMI
Posted on novembro 9th, 2009 por osvaldobertolino
O ministro da Economia da Argentina, Amado Boudou, negou neste sábado que o país emita bônus para cancelar dívidas com o Clube de Paris, e ressaltou que também não pedirá ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
“Não faria sentido solucionar a questão com o clube de Paris com um bônus. Não estamos pensando nisso”, disse Boudou ao término da reunião de dois dias que os ministros de Finanças do Grupo dos Vinte (G20, os países ricos e os principais emergentes) realizam em Saint Andrews, na Escócia.
Em 5 de novembro, o diário La Nación publicou que o país sul-americano estudava emitir um bônus para cancelar dívidas de cerca de US$ 6,900 bilhões de moratória desde 2001 com o Clube de Paris. O ministro, no entanto, negou hoje veementemente.
“Não estamos pensando em emitir títulos. O que estamos pensando é avançar em direção a uma solução que seja aceitável para os credores e para a Argentina”, insistiu Boudou. “Estamos buscando soluções criativas para resolver o problema do Clube de Paris. Estamos discutindo com o Clube (de Paris) diversas alternativas, alguém comentou que poderia ser um bônus, mas não estamos pensando nisso”, explicou o ministro.
“Esperamos fazer uma emissão de nova dívida argentina, mas sem um fim específico”, disse Boudou, ao detalhar que pretende resolver a situação com o Clube de Paris, sem a pedir ajuda ao FMI.
Boudou quis “deixar claro que a Argentina não vai levar adiante nenhum programa de ajuste, nenhum programa que tenha a ver com as velhas receitas do FMI. E que também não vai pedir assistência financeira ao FMI”.
O ministro argentino confirmou que, durante a reunião do G20, conversou com o diretor-gerente do Fundo, Dominique Strauss-Kahn, embora em “termos institucionais”. Strauss-Khan limitou-se a dizer que dialogou com Boudou em Saint Andrews, mas não quis fazer comentários.
Em setembro de 2008, o governo argentino comunicou a decisão de cancelar a dívida com o Clube de Paris, o que não chegou a se concretizar por causa da rejeição a uma intervenção do FMI e ao recrudescimento da crise internacional.
A dívida com o Clube de Paris, organismo creditício integrado por 19 países desenvolvidos, soma US$ 6,9 bilhões (4,726 bilhões de euros), que poderiam elevar-se para US$ 8 bilhões (5,479 bilhões de euros) pelos juros de mora, segundo fontes financeiras privadas mencionadas pelo La Nación.
Fontes financeiras também declararam ao jornal que dificilmente Alemanha e Japão, os principais credores da Argentina, aceitariam uma saída sem o FMI.
Os ministros de Finanças do G-20, acompanhados dos governantes de seus países, se reuniram em Saint Andrews para consolidar as medidas estipuladas na cúpula do setembro em Pittsburgh (EUA) para a saída da recessão.
O G-20 é integrado pela União Europeia (UE), o Grupo dos Oito (G8, EUA, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália, França e Rússia) e Coreia do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Arábia Saudita, África do Sul e Turquia.
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