Imerso em lama, DEM-DF se declara ‘autodissolvido’
José Roberto Arruda e sua trupe de salteadores deram ao DEM uma inusitada sensação de utilidade pública.
O governador afastado de Brasília desmascarou o seu partido por dentro. E mostrou aos ‘demos’ que toda farsa tem dois gumes.
Quatro meses atrás, instalado na principal vitrine do DEM, Arruda estalava eficiência. Único governador ‘demo’, até para vice de José Serra o cogitavam.
Súbito, numa meia-noite ocasional, o Arruda belíssimo virou gato borralheiro. Tentou fugir. Mas deixou para trás o sapatinho sujo.
Seguindo as pegadas de lama, a PF o prendeu. E a legenda que o festejava passou a dispensar a ele um tratamento de madrasta malvada.
Nesta quarta (24), escreveu-se em Brasília mais um capítulo do conto de fadas às avessas. O diretório do DEM na Capital se autodissolveu.
"O partido é formado por gente honesta, honrada”, disse o deputado Osório Adriano, presidente do DEM-DF. “Pedi a dissolução do partido antes que outros pedissem”.
O DEM, esse partido de “gente honesta”, encontrou uma forma inusitada de espantar os seus males.
Podendo expulsar os seus gatos pardos, os gatos escaldados do DEM preferiram oferecer aos pares inconvenientes a chance de planejar a própria imolação.
Deu-se a Arruda o tempo necessário para se desfiliar antes de ser expulso. O ex-vice Paulo Octávio imitou a fórmula.
Agora, o diretório brasiliense se autodissolve horas antes da anunciada dissolução. Coisa de profissionais.
No mensalão do PT, o Brasil conhecera a tática do acobertamento. No mensalão mineiro do PSDB, a estratégia dos panos quentes.
Arruda ofereceu ao DEM uma idéia nova de tragédia: o martírio frio, o enforcamento sem corda, o suicídio sem tiro no peito, a morte sem sangue.
Escrito por Josias de Souza às 17h
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