A disputa entre José Serra e Geraldo Alckmin pela candidatura presidencial do PSDB em 2006 será vista como fichinha perto da contenda que se anuncia para daqui a quatro anos. O duelo entre Serra e o governador eleito de Minas, Aécio Neves, pela candidatura tucana ao Palácio do Planalto em 2010 promete ser mais duro.Serra e Aécio deverão ter posição moderada em relação a Lula nos próximos dois anos, pois dependem de boa convivência administrativa com a União a fim de resolver problemas graves em seus Estados. Serra terá a imensa tarefa de melhorar a segurança pública num Estado atemorizado pelo PCC. E Aécio enfrentará o desafio de virar um nome nacional.Em determinado momento, lá por meados de 2008, Serra deverá incorporar um forte discurso anti-Lula. E Aécio tenderá a apostar numa via de conciliação, um "oposicionista light" que o petista não combateria com unhas e dentes se não tiver um nome competitivo do PT ou do campo aliado para concorrer à sua sucessão.É no contexto dessa disputa que Serra cogita criar uma legenda de centro-esquerda. Difícil? Certamente. Possível "refundar o PSDB"? Talvez. Aproveitar uma estrutura partidária que já existe, inchá-la e dar-lhe outro nome? Pode ser por aí.Apesar de ter dado passos históricos para a modernização capitalista do país, os dois governos presidenciais do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-1998 e 1999-2002) são vistos como pragas indefensáveis em eleições pelos candidatos tucanos.Em 2002, Serra foi derrotado por Lula recusando-se a defender o governo que integrava. Alckmin fugiu de FHC como o diabo da cruz, e acabou encurralado pela armadilha das privatizações.O "selo" PSDB estaria fadado ao fracasso? Se não ousar defender a obra de FHC, tucanos candidatos a presidente terão chance de vitória em disputas futuras? Parece que não. E argumentos existem.Num certo sentido, o atual PSDB precisa ser implodido, nem que seja para renascer como uma legenda sem medo do passado.
Estilo ACMSerra negou que esteja pensando em criar um novo partido. Chegou a dizer que foi informado dessas articulações pela Folha Online.
O futuro governador de São Paulo tem um método autoritário de se relacionar com a imprensa. Só gosta de ver publicadas versões autorizadas. Terá um tortuoso caminho até a Presidência a continuar com o estilo Antonio Carlos Magalhães de relacionamento com a mídia.
O que penso. Apenas eu penso!
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