PEDÁGIOS EM SÃO PAULO

Por aqui, penso que não se esqueceram de tanto de mim! Pobres são mais afetados
Desde o agravamento da crise, em setembro do ano passado, era visível a preocupação da grande imprensa, mesmo a internacional, a dar ênfase aos problemas financeiros mundial. Com o estouro da questão imobiliária, onde o empréstimo fácil logo no inicio da crise muitas instituições foram para o buraco ou chegaram muito perto da falência. Tesouros e bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa tiveram de intervir para impedir o fechamento de alguns dos maiores bancos do mundo. O núcleo da crise era um problema de falência mesmo, e não por fala de dinheiro para honrar compromissos.
Depois das primeiras ações de emergência vieram os grandes pacotes de estímulos, combinados entre os governos das principais potências. Para a grande imprensa o mundo esperava a resposta das autoridades. Nesses momentos se esqueceram do chamado “setor privado que sabe realizar” e daí louvaram o poder central de governos onde somente esses poderiam socorrer os arruinados. Bancos Centrais passaram a ser as estrelas do espetáculo, o pai bonzinho. Aquele que teve que socorrer investidores irresponsáveis, os donos do saber. Tudo com dinheiro do contribuinte. Os fatos mais importantes para o funcionamento da economia deveriam mesmo ocorrer nos centros políticos. Até aí, tudo previsível.
O mais surpreendente é o desinteresse da imprensa pelos problemas dos cidadãos, isto é, das famílias, dos trabalhadores, dos consumidores. As histórias mais dramáticas são aquelas vividas por essa gente "comum", quando a economia vai muito mal. Se há uma recessão, os assalariados perdem o emprego e têm de recorrer à ajuda oficial, quando não à caridade para sobreviver e sustentar a família. Se há um surto inflacionário, as famílias pobres são as mais afetadas. Mas toda imprensa tanto daqui e de todo mundo capitalista parecia que tivera um surto de amnésia. Esqueceram-se do povo. Pouco se falou dar agruras de uma família com gente desempregada pela ganância dos “grandes sábios da economia”.
Felizmente por aqui pelo Brasil, por estar com sua economia mais ajustada, tivemos também problemas, mas as soluções vieram do governo, quando tomou medidas adequadas para o momento, por vias de bancos públicos, pois se fosse esperar pelos privados, que tiveram até benesses para que fosse colocado financiamento para que a economia não parasse, tendo o governo liberado para essas instituições financeiras privadas, o recolhimento de 60% de depósitos. Se não houvesse por parte do governo uma ação firme, esses bancos não se mexeriam e ficariam em seus caixas os recursos que por lei teriam que depositar no BC e aí estariam com caixas mais robustos para seus negócios.
O governo ameaçou romper e daí os empréstimos passaram a surgir. Mas, o que mais levou a que esses bancos tivessem que abrir os olhos, foi quando Banco do Brasil e CEF passaram a jogar recursos com juros mais em conta para o mercado necessitado de empréstimos.
Mas, se a midia só falava dos prejuízos do grande capital, certamnte as ações de governo eram mais para preservar o povo mais necessitado de se manter nos seu empregos, poder consumir ao menos o básico. Mas é isso, a grande midia também foi afetada, ou seria por aqui, pois ela vive de publicidade e não havendo desenvolvimento ela também perde. Aliás, lá fora muitos jornalões entraram no parafuso e estão sofrendo as consequencias de falta de seriedade e muita ganância de poucos.
Pedro Bueno
15 de outubro de 2009.
O que penso. Apenas eu penso! http://oquepensabueninho.blogspot.com

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