PEDÁGIOS EM SÃO PAULO

Minhas manias. Sempre que tirava férias e ia à Teresópolis, tinha mania de deixar jornais e revistas por lá. Meu trabalho não me permitia muito ter tempo ou mesmo coragem para subir a serra, mas quando por lá desembarcava, procurava os velhos jornais e revistas para ler se havia mudado alguma coisa. Trouxe uma e por acaso pode os métodos serem difentes, mas as intenções não. Vejam o abaixo:
Na lavanderia 10 de janeiro de 1996 Investigações sobre o grampo lavam mais branco O governo entrou em 1996 com a lavanderia de Brasília em alta voltagem. Na semana passada, a Secretaria Geral da Presidência da República terminou uma sindicância para apurar dois fatos graves: o grampo no telefone do embaixador Júlio César Gomes dos Santos, assessor de Fernando Henrique, e a suspeita de troca de favores com empresas envolvidas no 1,4 bilhão de dólares do projeto Sivam. Os dois implicados foram afastados do governo, mas os resultados da sindicância são nulos. Nem sequer confirmam a responsabilidade do agrônomo Francisco Graziano, presidente do Incra, forçado a demitir-se do governo pela acusação de ter encomendado a escuta telefônica. Quanto ao tráfico de influência, a sindicância informa ter encontrado um “indício” numa viagem que Júlio César fez aos Estados Unidos a bordo de um jatinho da Líder, mas recomenda que seja mais investigado pelo Itamaraty, repartição à qual pertence. Graziano sempre negou que tenha encomendado o grampo. A se acreditar nele, sua saída imediata do governo pode ser vista como uma solução normal em casos assim, quando a permanência de alguém se torna politicamente insustentável e prejudicial ao órgão a que pertence. É a solução que se dá a esses casos e o Planalto agiu corretamente, mas seria conveniente descobrir tudo o que aconteceu porque uma sede de governo não pode ser grampeada numa democracia e o caso ficar por isso mesmo. Na Polícia Federal também se encerrou uma investigação sobre o caso das gravação. E, como se esperava, não apareceu nenhum envolvido além de três nomes já conhecidos, Paulo Chelotti — irmão do diretor da PF, Vicente Chelotti —, Mário José de Oliveira Santos e Cláudio Vieira Mendes. Graziano e Júlio César perderam os cargos e enfrentaram humilhação. Espera-se que, na Polícia Federal, a coisa não acabe em ensopado candango.Na semana passada o Banco Central também concluiu uma auditoria interna para apurar um dos casos mais irrelevantes do ano que passou na área dos escândalos políticos: a chamada novela da pasta cor-de-rosa. Procurou-se apurar nessa investigação quem teria vazado aqueles papéis das contribuições da campanha de 1990 do Banco Econômico reunidos na famosa pasta. Como todos os políticos brasileiros, sem uma única exceção conhecida, recebem doações de empresários ou banqueiros na campanha eleitoral, inclusive a bancada da esquerda, não se entende a azáfama criada em torno do vazamento de uma informação que todos já conheciam antes de vazar. Todos os políticos premiados com doações pelo ex-banqueiro baiano Ângelo Calmon de Sá (aqueles que estão relacionados na pasta rosa) não cometeram crime algum, tecnicamente falando. O que não se admite, nem técnica nem eticamente, é o Banco Central vazar informações sobre contabilidades de bancos. Mas, na época das CPIs do PC e dos anões do Orçamento, os vazamentos sobre contas bancárias encheriam um Maracanã de papéis e não se ouviu censura nenhuma a esse procedimento. Muita demagogia e pouca memória os males do Brasil são.
Fonte: revista Veja. O que penso. Apenas eu penso!
Será que isso ainda continua? O que penso. Apenas eu penso!
Um pedaço de ACM. Fonte Eliane Catanhede.
Fundado em 24 de janeiro de 1985, o PFL (Partido da Frente Liberal) completou 15 anos no ano 2000 e chegou ao novo século como partido forte, com traços ideológicos, e viciado em poder. Mas também ressentido com os resultados das eleições municipais de outubro de 2000, a exclusão do comando de uma das duas Casas do Congresso em fevereiro de 2001 e o fim do mito da "unidade inabalável". O baiano Antonio Carlos Magalhães seguiu seu rumo, com um discurso a favor da moralidade, contra a miséria e de ataque crescente ao PMDB, ao governo e ao próprio presidente Fernando Henrique Cardoso. Até romper com FHC na véspera do Carnaval de 2001. O vice-presidente da República, Marco Maciel, e o presidente do partido, senador Jorge Bornhausen, permaneciam fiéis à aliança PSDB-PFL e ao apoio a FHC. Este livro se propõe a explicar em que circunstâncias surgiu o PFL, apontar quem são os seus principais líderes e contar a íntima, mas nem sempre tranqüila, convivência que eles desenvolveram com o poder. O partido participou de todos os governos desde a sua criação. Não foi por acaso. Para entender o PFL, é preciso distinguir de ACM, a maior força política individual do país nas décadas de 80 e 90, a dupla Maciel e Bornhausen, os idealizadores, articuladores e fundadores do partido. A partir daí, podem-se entender as relações com FHC, lentamente construídas desde a Constituinte de 1988, e a aliança PFL-PSDB, formalizada para eleger FHC e lhe dar sustentação político-parlamentar em seus dois mandatos, iniciados em 1o de janeiro de 1995. ACM é o velho político udenista do Nordeste, que compõe com os governantes, entra de corpo, alma e aliados nos governos e passa a vida multiplicando votos e controlando legiões de correligionários. Maciel é o pessedista, um teórico que alia a capacidade de formulação com o mais pragmático apego aos instrumentos políticos de Estado.1 Bornhausen e o próprio filho de ACM, Luís Eduardo Magalhães, que morreu em 1998, representam uma visão mais ascética, ideológica e programática e o interesse do grande capital. Não são os populares "bons de voto", mas são os verdadeiros liberais do partido. A favor da abertura econômica, da quebra dos monopólios, das privatizações, da livre concorrência. Foram, portanto, fundamentais, sobretudo no início do primeiro mandato de FHC. O PFL, porém, foi criado não por um impulso econômico ou ideológico, mas para viabilizar o desfecho de um processo que começou com os partidos de oposição ao regime militar, expandiu-se para setores empresariais, contaminou as casernas, chegou com toda a força às ruas com a campanha das Diretas-Já e resultou na eleição do peemedebista Tancredo Neves para a Presidência da República em 1985. Na época, o termo "liberal" tinha um caráter político: traduzia a adesão de velhos aliados do regime militar ao processo de redemocratização. Criado por uma boa causa, o PFL não se livrou do estigma de herdeiro da Arena e do PDS, partidos que apoiaram a ditadura militar. Ele inchou mais do que deveria para garantir posições estaduais e fortes bancadas no Congresso e amarga o carimbo de partido fisiológico, que não sobrevive sem "as tetas do governo", qualquer governo. Seu desempenho eleitoral, entretanto, revela vitalidade. Nas eleições municipais de 2000, os votos foram fartos, mas insuficientes para que o PFL mantivesse posições que lhe eram especialmente caras. Teve 12.972.839 votos (15,34% do total), com um crescimento de 1,7% em relação a 1996. Se comparados os votos dos principais partidos apenas nas capitais, o PT foi o maior vitorioso (5.242.557, ou 27,31% do total de 19.196.234 votos válidos), mas o PFL foi o segundo entre todos e o primeiro entre os aliados do governo FHC. Teve 3.369.333 votos, o que corresponde a 17,55% do total e um crescimento de 5,4% em relação a 1996. Em relação à eleição anterior, foi, aliás, o partido que proporcionalmente mais cresceu em número de votos. Não houve, entretanto, bons motivos para comemoração. O PFL ganhou em votos, mas perdeu em postos estratégicos e em qualidade. Elegeu 1.028 prefeitos (ou 18,47% dos 5.560 do país) e ainda 9.634 vereadores (16,02% do total). Entre as capitais, manteve Salvador (BA) e Palmas (TO) no primeiro turno, mas no segundo entregou a emblemática Recife para o PT e a promissora Rio de Janeiro para o PTB (ou para o errático César Maia, ex-pefelista então no PTB). Só por pouco conseguiu manter Curitiba. A perda do Rio e de Recife nas eleições de 2000 foi dramática para os pefelistas. Além da importância política e econômica, essas duas capitais têm um peso muito particular para a estratégia e até para o equilíbrio interno do PFL. Em 1996, a conquista do Rio, com Luiz Paulo Conde, havia quebrado um velho tabu do partido: o de não conseguir entrar, apesar de todos os esforços, nem no Rio nem em São Paulo. Ou seja, no centro nevrálgico do país. E Recife é nada mais, nada menos que a origem de alguns dos principais idealizadores e líderes do partido, à frente o vice Marco Maciel. Perder ali e ganhar no primeiro turno em Salvador potencializou ainda mais a influência e o comando do baiano ACM, contra o grupo mais moderado e negociador liderado por Maciel e Bornhausen. Para, evidentemente, profunda tristeza do presidente FHC. Mas foi por pouco tempo. Quem neutralizou o desequilíbrio pró-ACM foi o próprio ACM, ao radicalizar suas denúncias contra o PMDB, acusar o governo e atingir com insinuações e provocações o presidente da República. Acabou se isolando num partido de forte vocação governista. ACM acusou FHC de não ter pulso na Presidência. Depois, passou a acusá-lo de conivente com a corrupção. O sempre paciente FHC perdeu a paciência. O PFL de Maciel e Bornhausen não endossou ACM.
O que penso. Apenas eu penso!
No discurso fala uma coisa, na prática é outra.
Difícil entender atitudes de um partido que um dia teve José Sarney até mesmo como seu Presidente, quando ARENA, e agora acha que ele não merece uma oportunidade, principalmente em uma crise que não é somente dele, como já afirmou por diversas vezes.
Bom lembrar que de uns anos para cá, muitos que outrora eram do hoje DEM, estão sendo alijados. Somente para mencionar um exemplo, tudo fizeram (seus próprios) para condenar ACM, outro que serviu a gente que agora bate no peito, mas que estava na "boa" naqueles tempos em que coronéis da politica mandavam e desmandavam no país. (tempos de ARENA e outros mais). A vida tem sido assim: "usou, amassou e lixo".

Veja como atua esse pessoal do DEM, mas quem tiver a lista daqueles que não queriam que votaram contra o voto aberto. Tudo questão de oportunismo. Esse mesmo senador, José Agripino foi um dos que em 2003 votou contra o voto aberto. Passado quatro anos, 2003/2007, agora faz esse discurso. Sempre foi assim o pessoal do DEM.

Eis abaixo, a relação de que votou contra o voto aberto em 2003.

Ele diz qua já pagou, a revista diz que não! Os Amigos Sumiram Isto é - 29/06/2009 Senadores, agora, querem omitir relação com Agaciel Maia, mas ex-diretor ameaça contar tudo em delação premiada AJUDINHA Em Paris, Virgílio contou com Agaciel (acima) para desbloquear cartão de crédito Na segunda-feira 22, o senador Arthur Virgílio (PMDB-AM) preparava-se para iniciar um discurso na tribuna do Senado, em que acusaria de chantagista o exdiretor- geral Agaciel da Silva Maia. Agitado como sempre, convocou o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), para ouvi-lo. Ele soubera, dias antes, que Agaciel tinha em seu poder munição suficiente para bombardear senadores maculados pelos atos secretos. Numa tentativa de se antecipar a futuras revelações que poderiam constrangê-lo, Virgílio levou ao plenário duas histórias nas quais houve participação direta de Agaciel em seu benefício. Só que acabou dando um tiro ainda mais certeiro no próprio pé. Conforme apurou ISTOÉ com altos funcionários da Casa, Virgílio abusou do gestual, mas escamoteou a verdade. Da tribuna, o senador contou que, durante uma viagem a Paris, em 2003, com a família, ao tentar fazer uma compra identificou um problema com seu cartão de crédito. Ele foi rejeitado. De acordo com sua versão, um amigo conterrâneo e funcionário do Senado foi acionado para resolver o problema. Mas não foi bem o que aconteceu. Quem Virgílio procurou pedindo socorro foi o próprio Agaciel. Para isso, fez o contato por intermédio do amigo Carlos Homero Vieira Nina, hoje lotado em seu gabinete. Homero telefonou para Agaciel numa manhã de domingo e pediu encarecidamente que o ajudasse. Foi taxativo: era um pedido urgente de Arthur Virgílio. Na conversa, Agaciel ponderou que seria impossível, pois era um domingo. Mas, diante da insistência do assessor de Virgílio, o ex-diretor telefonou para o gerente do banco e pediu que fizesse uma transferência de sua própria conta poupança no valor de US$ 10 mil para a conta do senador. Assim o cartão de crédito foi liberado. O fato foi confirmado à ISTOÉ por pessoas próximas ao exdiretor- geral. Com amigos, Agaciel comentou que esse dinheiro até hoje não lhe foi ressarcido. Principal personagem da operação que salvou a passagem de Virgílio por Paris, Homero é um dileto amigo do senador. Prova disso é que empregou no gabinete parlamentar de Virgílio seus filhos Guarani Alves Nina, Tomas Alves Nina e Carlos Alberto Nina Neto. O último mora no Exterior, mas não deixa de receber salário. Há quem diga que a súbita fúria de Virgílio contra Agaciel estaria relacionada a outro fato que ele preferiu não contar em público: a exoneração do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) de Vânia Maione, esposa de Homero. Ela foi substituída por Carlos Roberto Stuckert, a mando de Agaciel. Outro episódio que o senador tentou justificar como uma possível chantagem de Agaciel se refere ao tratamento de saúde de sua mãe, Isabel Vitória de Matos Pereira, falecida em 2006. Como esposa de ex-senador, ela teria direito pelo regimento do Senado a ressarcimento de até R$ 30 mil por ano. Mas, segundo levantamento feito por servidores do Senado, ao qual ISTOÉ teve acesso, foram gastos R$ 723 mil com as despesas médicas. O pagamento foi autorizado a contragosto pelo então presidente da Casa, senador Antônio Carlos Magalhães, também graças a um pedido de Agaciel. Por várias ocasiões, ACM chegou a questionar com diretores do Senado o gasto muito acima do permitido pelo regimento interno. Segundo um ex-assessor da presidência e amigo de Agaciel, o "DG", como ele era chamado, tinha o costume de ajudar grande parte dos senadores e dos servidores da Casa. Não por acaso, Agaciel, que dirigiu a Casa desde o primeiro governo de Fernando Henrique até este ano, conseguiu amealhar documentos que comprometeriam a imagem de senadores e servidores do alto escalão. Mas, para a alegria de Virgílio e outros parlamentares, Agaciel saiu temporariamente de cena. Na manhã da quinta-feira 25, numa reunião com o presidente José Sarney (PMDB-AP) e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-todo-poderoso do Senado foi convencido a pedir licença-prêmio remunerada por três meses. Mas ele admite a amigos que se for jogado aos leões poderá fazer uma proposta de delação premiada. Agaciel confidencia que não há provas que o incriminem. Durante a licença, o "DG" deve examinar uma possível candidatura a deputado federal por Brasília.
O que penso. Apenas eu penso!
28/6/2009 SENADOR HERÁCLITO FORTES Campanha custou R$1,6 milhão. Teresina- Segundo o Tribunal Regional Eleitoral, Heráclito Fortes teve a terceira mais cara Campanha para o Senado, perdendo para os paulistas Romeu Tuma e Aloizio Mercadante. Sua campanha custou R$1,6 milhão, chamou a atenção pela grandiosidade, pelo uso de aviões e presença de artistas. Aviões do banqueiro Daniel Dantas fizeram 58 viagens para o Piauí, transportando o senador. Ele também costuma chegar ao interior num avião Lear Air, presente de seu sogro, o empresário de Cornélio Coimbra de Almeida Brennand, dono de indústria de cerâmica em Pernambuco. Correligionários como o secretario de Turismo no Piauí, Silvio Leite, dizem que sua carreira foi construída na amizade . Para adversários, como o deputado federal Fábio Novo (PT-PI), passa a imagem de político truculento, que costuma xingar inimigos. Fonte: O Globo – domingo 28de junho de 2009. Página 04 – O PAÌS. Este video para ver como anda a apuração (?) das "coisas do Senado". O que penso. Apenas eu penso!