CAP. III - ROYALTIES DO PETRÓLEO. "ESSA LEI NÃO É PARA VALER"!
1. Com a aprovação da lei na Câmara de Deputados, com 369 votos ou 72% dos deputados, alterando até a distribuição atual, o governador voltou a produzir cenas explícitas de histrionismo e desequilíbrio. Chorou sem lágrimas, numa aula inaugural, voltou a agredir os deputados e agora convoca uma passeata na quarta-feira, como se isso afetasse minimamente esse processo, além de criar mais fatos e agressões.
2. Se tivesse se acalmado, parasse de usar a chantagem como argumento (Não vamos ter Olimpíadas! Não vamos pagar os aposentados! Etc.) e procurasse quem de direito, ou seja, os senadores seniores, saberia que a lei da Câmara não é para valer, que o Senado vai fazer um substitutivo nos termos da proposta do relator na Câmara.
3. Com isso, não se tira um centavo da distribuição atual e se flexibiliza a distribuição da longa Bacia do Pré-sal, que vem de Santa Catarina ao Espírito Santo, garantindo ao ERJ e seus municípios uma fatia mais que proporcional. A lei funcionou como a história do "bode". Quando se souber que o Senado vai alterar, haverá um alivio.
4. No entanto, o que acontecerá é o retorno aos termos do relator na Câmara, aquilo contra o que o governador ERJ vociferou tanto. Se o governador tivesse mantido a calma (com Lexotan, Valium, Somalium ou Sossega Leão), poderia ter ido um pouco além da proposta do relator. Agora, ficará com ela como substitutivo no Senado e dará Graças a Deus.
5. Se seguisse a experiência do senador Nelson Carneiro, mergulharia na humildade, partiria para uma tramitação discreta, contataria os senadores seniores, sem imprensa. Além de saber o que passou e que a lei não é para valer, ainda poderia conseguir algum ganho adicional. Prefere, na quarta-feira, antecipar o processo eleitoral com uma turma gritando o seu nome e outra o do ex-governador. E, mais uma vez, provocando o Congresso.
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